Apesar de esse não ser o tumor ginecológico mais comum, o câncer de ovário é o mais letal. Pode ser do tipo primário, ou seja com origem nas células do ovário ou secundário. Neste caso, seriam metástases de outro câncer que se disseminou.
A descoberta tardia contribui para a alta taxa de mortalidade deste tipo de câncer. Isto porque 75% das mulheres são diagnosticadas em estágio avançado, o que diminui significativamente as chances de cura.
Causas
Não existe uma causa evidente para o surgimento do câncer de ovário, mas alguns fatores de risco identificáveis.
Por isso é importante ter atenção aos fatores de risco, cuidar da saúde e buscar ajuda médica.
Fatores de risco
Sabe-se que fator genético responde por 5% a 10% dos casos de câncer do ovário.
Além do histórico familiar, outros fatores de risco para desenvolver câncer de ovário são a obesidade e o próprio envelhecimento.
Há também um risco acrescido para mulheres com antecedentes de câncer de mama, útero ou colo retal
Fatores genéticos
Em alguns casos, o surgimento deste câncer está relacionado a alterações nos genes herdados dos pais, o que é conhecido como mutação genética.
Mulheres com mutação no gene BRCA1 apresentam entre 20% e 60% de chance de desenvolver câncer de ovário até os 70 anos de idade.
Já as que têm mutação no gene BRCA2, o risco é menor, de 10% a 35%.
Esses genes quando alterados também estão relacionados a um risco maior de desenvolver câncer de mama, próstata e pâncreas.
Câncer de ovário: sintomas
Infelizmente, este tipo de câncer não apresenta sintomas em fases iniciais.
Segundo a Mariana Scaranti, oncologista da clínica da Dasa, alguns sintomas que aparecem, mas quando a doença já está em estágios mais avançados, são:
Inchaço e dor abdominal
Perda de apetite e de peso
Fadiga
Mudanças no hábito intestinal e urinário
Sangramento vaginal
Prevenção e diagnóstico do câncer de ovário
Não existe indicação de rastreio para o câncer de ovário em mulheres assintomáticas.
Entretanto, através de consultas regulares ao ginecologista e da realização de exames de rotina como a ultrassonografia vaginal, é possível detetar alguma anomalia. Neste caso, o medico irá pdoerá sugerir mais exames para investigar como o exame da proteína CA-125.
É importante ressaltar que o exame preventivo ginecológico (Papanicolaou) não detecta o câncer de ovário. O teste é específico para o câncer do colo do útero..
Câncer de ovário: tratamento
Segundo a oncologista clínica Mariana Scaranti, o tratamento dependerá do estágio em que a doença foi descoberta.
Cirurgia, quimioterapia, e terapia-alvo são algumas das opções disponíveis.
Entretanto, conhecer o histórico familiar e o subtipo molecular da doença, segundo a oncologista, é fundamental para um tratamento personalizado.
Neste caso, o objetivo é reduzir os riscos de progressão da doença e de morte e aumentar a sobrevida das pacientes.
“Para um tratamento mais assertivo, a realização de teste genético é fundamental e ao encontrar alguma mutação em BRCA1 ou 2, podemos estabelecer medidas redutoras de risco e seguimento individualizado para proteger as gerações futuras”, esclarece a oncologista.