Saúde celular e infertilidade feminina: qual a correlação e o que fazer?

Sumário

O estado de saúde celular pode contribuir  para infertilidade feminina.   Para compreender o porquê precisamos investigar o papel das mitocôndrias que são organelas presentes nas células humanas. Elas possuem o seu próprio DNA, que é diferente do DNA do núcleo.

Várias são as suas funções, tais como: produção de energia, sendo a principal região celular responsável pelo metabolismo energético; atua na produção do calor, na morte celular de células malignas, e na função respiratória. 

Uma das células com mais presença de mitocôndrias são os oócitos ou ovócitos, células femininas sexuais produzidas nos ovários.

A diminuição na quantidade ou qualidade dos oócitos,  avaliada através da reserva ovariana, reflete a infertilidade em mulheres com idade superior a 35 anos, e que não conseguem engravidar após um ano de tentativas regulares sem o uso de qualquer contraceptivo.

Mulheres acima de trinta e cinco anos pode ter dificuldades de engravidar devido a oxidação dos ovócitos
Mulheres acima de trinta e cinco anos podem ter dificuldades de engravidar devido a oxidação dos ovócitos. Foto:Nick karvounis/Unsplash.

A disfunção mitocondrial é uma das principais causas da redução da reserva ovariana.

A disfunção mitocondrial acontece pelo acúmulo exacerbado das substâncias reativas de oxigênios (EROs), que são sinalizadores importantes para as funções celulares principalmente para ativação do sistema imunológico. 

No entanto, a produção excessiva dessas substâncias levam ao estresse oxidativo, a danos do DNA das células, oxidação dos lipídios e a morte celular. 

Assim, é essencial que o nosso organismo tenha a capacidade de neutralizar os radicais livres ou evitar fatores que podem levar ao excesso da produção dessas substâncias. 

A produção de EROs excessiva deriva de inflamações crônicas de baixo grau, encontrados em situações de estresse, infecções, poluentes e agrotóxicos, sono desequilibrado, má alimentação, doenças crônicas etc. 

 

Infertilidade feminina: alimentação anti-inflamatória

A neutralização dos EROs depende da capacidade antioxidante de diversas enzimas antioxidantes endógenas (catalase, glutationa peroxidase e superóxido dismutase). Depende ainda dos antioxidantes provenientes da alimentação, tais como glutationa, vitamina C, E, zinco, selênio, cobre, manganês, etc. 

Além disso, precisamos levar em conta outros nutrientes que são importantes para a função metabólica e protetora da célula tais como as proteínas, os minerais, L-carnitina e coenzima Q10.

A formação das enzimas antioxidantes endógenas dependem muito dos antioxidantes exógenos. Portanto,  é essencial que as mulheres com dificuldade em engravidar verifiquem se a sua alimentação é anti inflamatória, se a reposição nutricional está sendo cumprida.  Isso tudo,  em conjunto com as mudanças necessárias no estilo de vida.

Por isso,  é necessário manter um equilíbrio no interior das mitocôndrias, em relação a esses antioxidantes, a fim de garantir a prevenção do dano celular em mulheres com intenção de engravidar.

 

Elizabeth Alves é  graduada em Nutrição pela Universidade Federal do Piauí Brasil

Mestre em Nutrição Clínica pela Universidade Roehamptom, Londres,  Inglaterra

Esp. em Fisiologia do Exercício Físico e Exercício Clínico.

Esp. em Terapia Ortomolecular e Nutrição Funcional pela Cespu, Portugal.

Área de atuação: enfase em Nutrição preventiva, Inflamação, Cancro, Doenças Autoimunes, Diabetes, Emagrecimento, Modulação Intestinal, Emagrecimento, Programação Gestacional, Desportiva, Fitoquímicos, Nutrigenética, Nutrigenômica e Epigenética.

Consultas presenciais e on line.  Email: clinicaequilibrionutri.nut@gmail.com –  Instagram: @clinicaequilibrio.nut

 

Aproveite para compartilhar Saúde

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

Artigos Relacionados