Síndrome de Asperger: o que é, diagnóstico, sintomas e tratamento 

Sumário

A Síndrome de Asperger é um transtorno neurológico do desenvolvimento, que faz parte do espectro do autismo.  Foi primeiramente descrita em 1944 pelo pediatra austríaco Hans Asperger.

 

Caracterizada por dificuldades na interação social, comunicação e padrões de comportamento repetitivos, a síndrome afeta indivíduos de forma variada, sendo considerada um tipo de autismo de alto funcionamento. 

 

É importante ressaltar que desde a publicação da quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) em 2013, o termo “Síndrome de Asperger” não é mais utilizado como uma categoria diagnóstica separada. 

 

No DSM-5, a Síndrome de Asperger foi incorporada dentro do diagnóstico mais amplo de Transtorno do Espectro Autista (TEA). A mudança na nomenclatura busca uma abordagem mais integrada e abrangente para o diagnóstico e o tratamento dos transtornos relacionados ao autismo.

 

O DSM-5 reconhece o TEA como uma condição que engloba uma variedade de características e graus de gravidade. Isso inclui sintomas anteriormente associados à Síndrome de Asperger, como dificuldades na interação social, comunicação e padrões de comportamento restritivos e repetitivos.

 

Os indivíduos com Asperger têm dificuldades em compreender e expressar emoções. Foto: silverstylus/Pizabay

 

Sintomas

 

Os sintomas da Síndrome de Asperger geralmente aparecem nos primeiros anos de vida, embora possam passar despercebidos até a idade escolar, quando a criança enfrenta desafios na interação com colegas e na adaptação a rotinas. 

 

Os indivíduos com Asperger têm dificuldades em compreender e expressar emoções, entender as nuances da linguagem e interpretar as pistas sociais não verbais, como expressões faciais e tom de voz. Isso pode levar a interações sociais mal sucedidas e a um senso de isolamento.

 

Uma das características mais marcantes da Síndrome de Asperger é o interesse intenso e restrito em um determinado tema ou área de conhecimento.

 

 Esses interesses são frequentemente profundos e podem se tornar um ponto focal na vida da pessoa. 

 

Os indivíduos com Asperger também podem apresentar comportamentos repetitivos, rotinas rígidas e resistência a mudanças. 

 

Além disso, podem experimentar hipersensibilidade sensorial, sendo sensíveis a estímulos como luzes brilhantes, sons altos ou texturas específicas.

Embora a Síndrome de Asperger seja considerada um transtorno, muitos indivíduos com essa condição possuem habilidades e talentos excepcionais.

Eles podem ter uma memória excepcional, capacidade de concentração intensa e habilidades analíticas avançadas.

Muitos encontram sucesso em campos como ciência, tecnologia, engenharia e matemática, onde a atenção aos detalhes e o pensamento lógico são valorizados.

 

Tratamento

Como não é uma doença, mas uma condição  não é possivel falar em cura. O tratamento da Síndrome de Asperger concentra-se em fornecer suporte e estratégias para ajudar a pessoa a lidar com os desafios sociais e comportamentais. 

 

A terapia comportamental, incluindo a terapia cognitivo-comportamental, pode ser útil para desenvolver habilidades sociais, melhorar a comunicação e reduzir os comportamentos repetitivos. Também é importante o envolvimento da família e da escola, para garantir um ambiente de apoio e compreensão.

 

.É importante ressaltar que, embora o termo “Síndrome de Asperger” não seja mais utilizado no DSM-5, algumas pessoas ainda podem se referir a si mesmas ou a outras pessoas usando esse termo.

No entanto, do ponto de vista diagnóstico atual, esses indivíduos seriam considerados dentro do espectro do autismo, especificamente no nível 1.

 

Alguns sinais comuns associados ao autismo no nível 1:

Dificuldades na interação social: 

 

Pessoas no nível 1 podem apresentar dificuldades em iniciar e manter conversas, compreender as regras sociais implícitas, interpretar as emoções dos outros e estabelecer relacionamentos próximos.

Comunicação social atípica: 

Pode haver dificuldades na comunicação verbal e não verbal, como tom de voz monótono, falta de contato visual adequado e expressões faciais limitadas. A linguagem pode ser muito literal e o uso de metáforas ou sarcasmo pode ser desafiador de entender.

 

Interesses restritos e repetitivos: 

 

Pessoas no nível 1 de autismo podem exibir interesses intensos e específicos em tópicos particulares, muitas vezes adquirindo um conhecimento profundo sobre eles. Elas também podem se envolver em comportamentos repetitivos, como balançar o corpo, agitar as mãos ou insistir em seguir rotinas fixas.

 

Sensibilidade sensorial: Algumas pessoas no nível 1 do autismo podem ser hipersensíveis ou hipossensíveis a estímulos sensoriais, como luzes, sons, texturas e cheiros. Isso pode levar a reações exageradas ou insensibilidade a certos estímulos sensoriais.

 

Dificuldades de organização e flexibilidade: A adaptação a mudanças ou transições pode ser desafiadora, e a necessidade de manter rotinas rígidas pode ser prevalente. Também pode haver dificuldades na organização pessoal e na administração do tempo.

 

É importante ressaltar que cada pessoa é única e os sinais e sintomas do autismo podem variar. Além disso, é necessário um diagnóstico adequado realizado por profissionais de saúde especializados para determinar o nível de autismo e desenvolver um plano de tratamento individualizado e de suporte

 

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