Aline Esteves, mãe de dois: o esporte mudou a minha vida

Sumário

A turismóloga Aline  Esteves, 38 anos,  mãe de Gabriel e Heitor com 9 e 7 anos,  deu uma reviravolta na sua vida através do esporte.  Perdeu 22 kg, recuperou a auto-estima e saiu de uma depressão que beirou o suicídio. 

 

Ela conta que chegou ao  fundo do poço em 2018. “Eu pensei até em me matar. Só não fiz isso por causa dos meus filhos. Meu casamento tinha acabado. Eu me sentia um lixo, sozinha e incapaz, pois sempre fui muito dependente do meu marido”, recorda. 

 

O desejo de ser alguém em que seus filhos pudessem se inspirar, foi o motivo que a levou a buscar a atividade física.  O objetivo era promover alguma mudança que lhe levasse a sair do estado em que se encontrava.  

 

Aline conta que  sempre foi sedentária. Mesmo acima do peso, se auto sabotava para não fazer exercício. “Eu dizia para mim mesmo: – como dois filhos e  sozinha,  nunca terei tempo para esportes. ” 

 

 

“Porém entendi que precisava arrumar tempo para cuidar de mim. Como poderia cuidar dos meus filhos se eu não estivesse bem? Não queria que eles se espelhassem numa  pessoa deprimida e desanimada”, conta ela.

 

Decidida a mudar de vida,  começou a fazer crossfit em uma academia perto de casa. De imediato se identificou com as aulas e passou a sentir cada vez mais disposição e ânimo. Hoje,  ela corre, faz musculação e ainda mantém as aulas de crossfit, segundo ela, por pura diversão. 

 

O exercício como medicamento

 

“O exercício físico para mim é como um medicamento. Quando eu deixo de fazer já sinto a diferença”, conta Aline  que, no auge da depressão em 2018,  tentou tratamento com psiquiatra, mas acabou por desistir. 

 

Quando o exercício tornou- se prioridade, Aline  percebeu que podia sim, organizar melhor a agenda. Assim,  concilia os  treinos com as atividades de mãe, dona de casa e com o trabalho em home office.

 

No horário em que os meninos estão na escola, faz exercícios de musculação. Já no momento das atividades extracurriculares das crianças,  investe no  crossfit.  No caso das corridas, conta com o indispensável apoio da mãe. “Geralmente,  organizo tudo: banho, jantar ou café e depois deixo os  meninos com a minha mãe”, explica.

 

Aliás, a família, segundo Aline, foi sempre o seu grande suporte. No momento da separação, teve o apoio incondicional dos pais  e familiares. “Os meus pais foram sempre o meu alicerce. Eu conto com eles para tudo”, reconhece.

 

Corrida e musculação

 A corrida entrou na vida de Aline pela insistência da cunhada Marlova Debastiani .  “Ela me chamava, mas eu  achava impossível  conseguir correr.  Hoje sei que a baixa autoestima me fazia acreditar que eu não era capaz”. 

 

Quando decidiu acompanhar, pela primeira vez,  um treino da cunhada, Aline não imaginava  a revolução que a corrida faria na sua vida. 

 

“ Nossa,  eu me senti muito bem e animada. A superação das metas me fez perceber que se eu conseguia ultrapassar os limites físicos, eu também conseguiria ultrapassar os emocionais”.  

 

Desde então, com a ajuda do aplicativo de assessoria esportiva SisRun – @sisrun -, que lhe envia semanalmente os planos de treino, a corrida passou a ser parte da sua vida.

 

Ela conta que passou a lidar de forma mais racional com sentimentos negativos que vinham à sua mente.  Aprendeu  a fazer analogias entre a superação dos marcos no esporte com as superações dos problemas e desafios  cotidianos, como por exemplo, ter recebido o diagnóstico de autismo e TDAH do filho mais velho este ano. 

 

A musculação veio depois e, segundo ela,  foi fundamental para melhorar a sua performance na corrida. 

 

Aline, na verdade, considera que o socorro divino  bateu à sua porta. “Deus faz tudo muito certo.  Foi colocando  as pessoas na minha vida.  Primeiro, foi a  minha cunhada que me chamou para correr e depois o Gabriel Ferreira que é meu personal.”

 

 Vendo a sua dedicação na corrida, ele insistiu  sobre a necessidade do fortalecimento da musculatura para o alcance de melhores resultados.   

 

E eu pensei: – meu Deus como vou colocar mais uma atividade na minha vida com duas crianças e o trabalho? Hoje eu não vivo sem musculação”, relata Aline que com a nova atividade perdeu mais peso e  ganhou mais massa magra e disposição. 

 

O sonho da maratona

E  os benefícios da musculação foram além: “A musculação foi um divisor de água para mim, pois melhorou em 90% o meu desempenho na corrida. E além disso, me livrou das dores  articulares que eu já começava a sentir”. 

 

Apaixonada pela corrida, Aline agora sonha em correr uma maratona.  Para isso sabe que tem que se esforçar e superar os desafios: treinar, fazer 3 provas de dez km, depois correr uma meia maratona de 21 km. 

 

“Este ano,  consigo correr meia”, calcula ela segura e confiante no apoio da assessoria esportiva. 

 

Um novo amor

Logo após a separação, Aline lembra que sentia-se tão em baixa que achava que não era digna de ser amada e acreditava que seria impossível encontrar alguém que lhe aceitasse com dois filhos. 

 

Aos poucos, entendeu que somente quando estivesse muito bem consigo mesma, estaria pronta para encontrar alguém. Com o esporte, perdeu o medo da solidão e tornou-se uma mulher mais seletiva. 

 

“Passei a me amar mais e decidi não aceitar nada menos do que aquilo que eu merecia. Quatro anos depois,  o inesperado aconteceu. “Conheci o Marcelo. Ele nos acolheu e tem cuidado da gente como nunca ninguém cuidou. Hoje me sinto realizada não apenas como mãe mas também como mulher”

 

O  esporte também deu a Aline a paz que precisava para aproveitar a jornada sem pressa ou ansiedade. Embora precise estar  mais preparada, com pernas mais musculosas,  para ter melhor performance na corrida, ela confessa que  não se preocupa em quando vai conseguir chegar lá. 

 

“Eu me amo agora mesmo assim como sou e estou. Hoje tudo o que eu quero  é ser uma mãe mais compreensiva para os filhos e uma filha mais paciente na medida em que  os meus pais forem envelhecendo. Quero é curtir o processo. Pois sei que o resultado final é apenas consequência. 

 . 

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